
Padre Elílio de Faria Matos Júnior
A relação do cristianismo com as outras religiões é um tema a ser aprofundado hoje em dia, já que, dada a facilidade de comunicação e o encontro facilitado das diversas culturas, o pluralismo religioso torna-se, para o teólogo, um "fato teológico" a ser interpretado com base nos princípios arquitetônicos da Revelação em Cristo. Não se pode ignorar simplesmente que a maioria da humanidade não é cristã.
A relação do cristianismo com as outras religiões é um tema a ser aprofundado hoje em dia, já que, dada a facilidade de comunicação e o encontro facilitado das diversas culturas, o pluralismo religioso torna-se, para o teólogo, um "fato teológico" a ser interpretado com base nos princípios arquitetônicos da Revelação em Cristo. Não se pode ignorar simplesmente que a maioria da humanidade não é cristã.
Duas coisas devem ser evitadas, creio. Primeiro, o relativismo fácil, segundo o qual todas as religiões gozariam, em linha de princípio, de igual validade. No fundo, seriam todas modos diversos de falar do inefável (Deus). Tal postura admite como pressuposto que Deus é tão misterioso e afastado da linguagem humana que dele os homens podem falar somente por metáforas. Cada religião traduziria uma "figura" de Deus, e todas, em linha de princípio, teriam o mesmo valor. Outro pressuposto dessa postura, decorrente do primeiro, é que Deus não pode revelar-se e falar aos homens de maneira positiva, como a tradição cristã acredita que fez através de Jesus Cristo. Ao contrário, a revelação de Deus seria mais complexa e menos pontual. Radicar-se-ia nas profundidades da consciência humana como um sentimento religioso inefável e se expressaria, somente de forma figurativa, através das diversas culturas. Os dogmas, nesse sentido, seriam somente metáforas do divino. A Igreja católica, de sua parte, professa firmemente que Deus falou aos homens por meio de Jesus e que a sua fala ressoa viva através da fé eclesial expressa nos dogmas formulados por meio da linguagem humana. Para a Igreja, embora a distância entre Deus e a criatura seja imensa, existe, contudo, uma analogia que permite à linguagem humana falar com propriedade do mistério de Deus dentro de certos limites.
Outra coisa a ser evitada é a postura de alguns exclusivistas, para quem fora da Igreja só existiria o vazio. A Igreja sustenta que fora de seus quadros visíveis haja elementos de verdade. Ela sabe que a plenitude de tal verdade lhe foi confiada, mas sabe também que Deus pode valer-se dos elementos de verdade presentes nas diversas religiões para santificar os seus adeptos. A pergunta que fica é: qual o papel do fato do pluralismo religioso, permitido por Deus, no plano geral da salvação? Não podemos relativizar o Cristo nem a sua Igreja, dizendo que tanto faz uma fé como outra. Mas não podemos também deixar de reconhecer que o pluralismo religioso, do qual tomamos maior consciência nos últimos tempos, coloca questões que merecem aprofundamento.
Acho que fora da Igreja não há salvação, mas àqueles privados desse conhecimento de Cristo serão julgados pela lei natural existente em cada pessoa.
ResponderExcluirHoje temos um relativismo muito em voga -seriam infiltrados ideológicos na Igreja desejando a alienar, como eles o são - ou de um falso ecumenismo, nesse itinerário aproximado de que "todas as religiões são boas, depende de acreditar"; se não é o que pretende a NWO-Nova Era por meio das ideologias niilistas, como as marxistas, usadas para descristianizar e implantar a DITADURA DO RELATIVISMO.
Um exemplo do que resulta disso, sem um principio direcional verdadeiro, como a igreja, são as dezenas de milhares de seitas relativistas protestantes dissensas entre si, cada um querendo ser mais verdadeira que outra, e no fundo cada um pregando sua verdade pessoal, ao máximo.