O Paraíso é representado como um belo lugar que acolhe o homem O paraíso descrito de forma imagética no livro do Gênesis é considerado por muitos bons teólogos atuais como uma realidade em potência, isto é, uma realidade que nunca existiu de fato, mas que deveria se instaurar segundo o plano de Deus. Entretanto, o pecado insinuou-se e o paraíso ficou comprometido. O paraíso é feito de paz, harmonia, sabedoria e imortalidade. Se o homem não tivesse pecado — mas ele pecou desde sempre —, ele não teria experimentado a culpa no jardim de sua consciência, não teria perdido a paz, não se teria tornado insensato nem teria sentido a morte como um evento dramático. A morte não seria morte, mas uma travessia tranquila. São João da Cruz diz que a alma, quando ama, não teme a morte. Isso porque a alma enamorada de Deus vê a morte como uma passagem para os braços do Amado. O amor do Bem é a essência da sabedoria. O homem distanciou-se da sabedoria por causa do pecado, que é o desprezo do Bem.
Teologia, Filosofia e Diálogo entre Fé e Razão