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Mostrando postagens de maio, 2022

Saber viver

 Desde o advento da ciência moderna no séc. XVII, que, não se pode negar, trouxe muitos benefícios para a humanidade, vivemos no contínuo perigo de nos deixar arrastar pela sensação de que tudo podemos, de que o homem é o único criador de si mesmo e de seu mundo.  É verdade que essa sensação de onipotência foi contraditada, sobretudo pelas duas grandes guerras do séc. XX, que mostraram com intensidade o seu poder destruidor. O homem que acreditava cegamente na ideologia iluminista do progresso irrevogável acabou por confrontar-se com seus limites, de modo especial com os limites que traz dentro de si, porque o homem não é somente capaz do bem; é também capaz do mal. Não é só criador, mas é também destruidor. E, nesse sentido, deve continuamente buscar forças que o purifiquem, afastando-o do mal e encaminhando-o para o bem. Como quer que seja, o grande legado da revolução científica é a produção e o consumo de bens, o que coloca o mundo num dinamismo tal que a vida passa a ser regida fu