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Mostrando postagens de abril, 2011

Tudo concorre para o bem

A Igreja anuncia há dois milênios a alegre mensagem da ressurreição de Jesus. É a resposta de Deus à inquietação de Jó e a todos os males do mundo. Apesar de o sofrimento ser às vezes grande, a alegria é maior e sempre tem a última palavra. " Diligentibus Deum omnia cooperantur in bonum " (Rm 8,28). Com efeito, para os que amam a Deus, ao fim e ao cabo, aconteça o que acontecer, a vida vai dar certo. A Igreja maravilhosamente renasce e se alimenta dessa fé no Deus que ressuscitou Jesus e nos prepara a glória celeste.

Páscoa, vida nova em Cristo

Ao terceiro dia após a morte de Cristo, os discípulos encontraram os sinais da ressurreição, vendo o túmulo vazio, os lençóis que envolveram o corpo do crucificado e o sudário dobrado à parte. Os relatos evangélicos variam ao descreverem os fatos, mas não se contradizem, antes se completam. Os quatro evangelistas são unânimes em afirmar que Cristo ressuscitou e que as primeiras pessoas a chegarem ao túmulo vazio foram algumas mulheres, entre elas Madalena. (cf. Mt 28, Mc 16, Lc 24, Jo 20). São João apresenta maiores detalhes a respeito do diálogo de Madalena com o Ressuscitado. Ao vê-lo, exclama com emoção: Robbuni , que quer dizer Mestre. O alvissareiro anúncio primeiro vai a Pedro, chefe dos Apóstolos e ao discípulo amado, depois aos onze, depois aos demais discípulos. Naquele mesmo dia, à tarde, os discípulos reunidos em certa casa, possivelmente o Cenáculo onde Jesus instituiu a Eucaristia, O viram em corpo glorioso e falaram com Ele. É também João que relata o episódio do incrédul

Deus e a razão natural

Padre Elílio de Faria Matos Júni or O cristão católico sabe que Deus existe e que se revelou na história dos Homens em Jesus Cristo. Sabe que Deus existe por si mesmo ( a se ), como causa incausada, que criou livremente o universo e o g overna. Esta fé num Deus único, causa transcendente do mundo, é, aliás, compartilhada pelas outras duas grandes religiões monoteístas: o judaísmo e o islamismo. Mas a convicção do cristão de que Deus existe não pode se apresentar como uma convicção sem mais, como uma fé cega. O fideísmo foi repetidamente rejeitado pela Igreja . É preciso que o cristão saiba, conforme o convite da Esc ritura , dar razão de sua esperança a todo aquele que lha pede. É preciso apresentar os motivos de credibilidade da fé cristã. Essa, aliás, é a tarefa básica da teologia, que se define, para falar com a tradição clássica, como fides quaerens intellectum . Mormente no contexto histórico atual, marcado por um acentuado pluralismo de idéias, faz-se necessário refletir sobre a

Homem de Deus

Padre Elílio de Faria Matos Júnior Neste mês de abril, o Papa Bento XVI completa 84 anos de vida e seis de pontificado. Não posso deixar de ver nele um homem de Deus que se consagrou totalmente, desde tenra idade, a Cristo e à Igreja, a fim de anunciar ao mundo o Evangelho – a Boa Nova de Deus para nós através de Jesus. Este ancião octogenário só tem vigor para cumprir a pesada agenda de um papa porque, certamente, acredita em algo maior, em algo que ultrapassa o homem. Aliás, ele tem tido forças para enfrentar as diversas crises provocadas do interior da Igreja porque se sente apoiado na esperança que não decepciona, conforme a profunda teologia de sua encíclica Spe Salvi. A fé em Deus é o seu esteio e a fonte dinamizadora de seu existir. O mundo precisa de se enamorar da beleza. Apesar de todas as dificuldades, a vida continua sendo um grande milagre. E acreditar que a vida de cada um de nós é pensada por uma Inteligência infinita e querida por um Amor sem limites faz toda a difer