Padre Elílio de Faria Matos Júnior Hoje assistimos, atônitos, a uma grave crise que atinge a civilização como tal. As expressões de tal crise, encontramo-las sob variadas formas, desde a tresloucada posição de não poucos jovens diante da vida, posição esta marcada sobretudo pelo hedonismo (procura do prazer imediato e, não raro, irresponsável), ao problema ético ou moral que afeta a instituição familiar, a sociedade civil e o Estado, na política e na economia. A crise deve-se sobretudo à falta de sentido. Com efeito, se não se vê com certa clareza o sentido a imprimir à existência, aí então perdem-se as condições de ordenar as coisas conforme uma escala de valores e dá-se lugar à confusão, ao imediatismo e à busca egoísta de "vantagens" pessoais. A cultura moderna foi aos poucos tirando do homem o que lhe é mais próprio: a capacidade e o desejo de contemplar o sentido das coisas. As questões últimas (Donde venho? Quem sou? Para onde vou? ) foram relegadas à condição de
Teologia, Filosofia e Diálogo entre Fé e Razão