Robert Barron
"O que é o Catolicismo? O que distingue o Catolicismo entre todas as filosofias, ideologias e religiões do mundo? Eu estou de acordo com o Bem-aventurado John Henry Newman, que disse que o 'grande' princípio do Catolicismo é a encarnação de Deus. O que isso significa? Significa que a 'Palavra de Deus' - a mente pela qual todo o universo foi criado - não permaneceu fechada do céu, mas, antes, entrou neste mundo ordinário de corpos, neste palco sujo da história, nesta nossa comprometida e lacrimosa condição: 'A Palavra se fez carne e armou a sua morada entre nós' (Jo 1,14): isso é o Catolicismo".
A encarnação envolve verdades centrais concernentes a Deus e a nós. Se Deus se tornou humano sem deixar de ser Deus e sem comprometer a integridade da criatura, Deus não deve ser visto como um competidor do homem. Em muitos antigos mitos e lendas, figuras divinas como Zeus ou Dionísio entram nos negócios humanos precisamente por meio da agressão, destruindo e machucando o que invadem. E em muitas filosofias da modernidade, a imagem de Deus é construída como uma ameaça ao bem-estar humano. Cada qual à sua maneira, Marx, Freud, Feuerbach e Sartre ensinam que Deus deve ser eliminado se o homem deseja ser plenamente ele mesmo. Mas não há nada disso na doutrina cristã da encarnação. A Palavra, na verdade, se faz homem, mas nada do humano é destruído nesse processo; Deus entra na sua criação, mas o mundo é aprimorado e elevado por meio disso. O Deus capaz de encarnação não é um ser supremo que está em competição com o homem, mas, antes, nas palavras de Santo Tomás de Aquino, o puro Ato de Existir, que funda e sustenta a criação, assim como um cantor sustenta o canto".
(Robert BARRON, Catholicism, a journey to the heart of the faith, New York, 2011) Tradução de Pe. Elilio Jr.
A encarnação envolve verdades centrais concernentes a Deus e a nós. Se Deus se tornou humano sem deixar de ser Deus e sem comprometer a integridade da criatura, Deus não deve ser visto como um competidor do homem. Em muitos antigos mitos e lendas, figuras divinas como Zeus ou Dionísio entram nos negócios humanos precisamente por meio da agressão, destruindo e machucando o que invadem. E em muitas filosofias da modernidade, a imagem de Deus é construída como uma ameaça ao bem-estar humano. Cada qual à sua maneira, Marx, Freud, Feuerbach e Sartre ensinam que Deus deve ser eliminado se o homem deseja ser plenamente ele mesmo. Mas não há nada disso na doutrina cristã da encarnação. A Palavra, na verdade, se faz homem, mas nada do humano é destruído nesse processo; Deus entra na sua criação, mas o mundo é aprimorado e elevado por meio disso. O Deus capaz de encarnação não é um ser supremo que está em competição com o homem, mas, antes, nas palavras de Santo Tomás de Aquino, o puro Ato de Existir, que funda e sustenta a criação, assim como um cantor sustenta o canto".
(Robert BARRON, Catholicism, a journey to the heart of the faith, New York, 2011) Tradução de Pe. Elilio Jr.
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