
Hegel pensava que a verdade é histórica, mas não professava nenhum relativismo histórico. Segundo o pensador alemão, a verdade se faz na história, em suas diversas etapas, até tomar consciência de si mesma - o Espírito Absoluto. Ele pensava que cada época histórica encerrava a sua verdade, mas não a verdade como tal. Cada época trazia uma contribuição para o conhecimento da verdade, mas todas elas deveriam ser ultrapassadas, uma vez que eram limitadas. A história seria a história das diversas faces ou épocas da verdade, afirmadas, negadas e suprassumidas dialeticamente. O que impediu que Hegel caísse no relativismo foi o fato de ele ter sustentado que as diversas faces ou épocas da verdade se afirmariam e se negariam para, no final, compor a verdade total. O filósofo - no caso, ele, Hegel - veria que o processo histórico é endereçado a um fim. A consciência do filósofo é a consciência de que a verdade total está somente no fim do processo e no olhar filosófico, que vê o processo como um todo.
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