Pular para o conteúdo principal

Lucy: 3,2 milhões de anos

Lucy é o nome dado ao fóssil de um Australopithecus (literalmente "macaco do sul", mas que designa um hominídeo de marcha bípede) afarensis. Viveu há 3,2 milhões de anos aproximadamente. O esqueleto (na verdade 40% do inteiro esqueleto) foi achado em 1974 e indica um hominídeo do sexo feminino, de baixa estatura, de longos braços e pernas curtas. O cérebro era pequeno, comparado com o dos homens atuais. A descoberta de Lucy mostra quanto é antiga a força que colocou em evolução aquele processo que viria a gerar o homem atual. Há 3,2 milhões de anos Lucy tinha marcha bípede! Faltava ainda muito para chegar a nós, principalmente no que toca ao tamanho cérebro, mas grande coisa era já a condição bípede.

Quando terá aparecido o espírito e, com ele, o homem propriamente dito? Não sabemos precisar o quando, mas é fato que o espírito apareceu e deu ao ser vivente que chamamos homem capacidades incríveis, como a da autoconsciência e a de ultrapassar a si mesmo. O homem, dizia Blaise Pascal, ultrapassa infinitamente a si mesmo. Somos capazes de olhar a imensidão do universo e de pensar o infinito!

Comentários

  1. Taí, encontrar um Padre defendendo a evolução, é no mínimo interessante.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Existir é ter recebido. Ulrich relê Tomás em chave personalista

 Seguindo pela linha de Tomás de Aquino, Ferdinand Ulrich se coloca dentro da tradição metafísica tomista, mas com uma sensibilidade profundamente renovada pela filosofia do século XX — especialmente pela fenomenologia e pelo personalismo. Vamos explorar como Ulrich lê e reinterpreta Tomás de Aquino em relação à questão do ser: ⸻ 1. O ser como actus essendi (ato de ser) Para Tomás de Aquino, a realidade mais profunda de um ente não é sua essência, mas seu esse — o ato de ser. Ulrich retoma esse princípio com força, insistindo que:  • O ser ( esse ) é mais fundamental que qualquer determinação formal ( essentia ).  • Todo ente é composto de essência e ato de ser, mas esse ato de ser não é algo que ele possua por si: é recebido.  • Daí, a criatura é “ser por participação”, em contraste com Deus, que é “ser por essência” — o ipsum esse subsistens . Para Ulrich, essa estrutura é a chave da relação: o homem, enquanto ente criado, está ontologicamente voltado para além de...

A Igreja é abrigo para os seguidores de Cristo

  O abrigo contra os extremismos? A Igreja, que sabe que a virtude é uma mediania entre extremos viciosos. O abrigo contra o relativismo? A Igreja, que ensina que há um Lógos  eterno do qual o lógos humano participa e no qual encontra fundamento. O abrigo contra o absolutismo? A Igreja, que ensina que só Deus é o Absoluto , e toda palavra nossa não tem fim em si mesma nem faz o Absoluto presente como tal, mas aponta para Ele, a única e inesgotável Verdade.  O abrigo contra o fundamentalismo? A Igreja, que ensina que a Bíblia é Palavra de Deus na palavra humana , e, como tal, sujeita a limitações históricas.  O abrigo contra a tristeza? A Igreja, que anuncia a grande alegria do Evangelho, do perdão, da reconciliação e da vida sem fim.   O abrigo contra a falta de motivação e o desespero? A Igreja, que anuncia a esperança que não decepciona.  O abrigo contra a confusão de doutrinas? A Igreja, que interpreta autenticamente a Palavra de Deus.  O abrigo con...

A importância de Étienne Gilson para a Metafísica

Étienne Gilson (1884-1978) foi um dos mais importantes historiadores da filosofia medieval e um grande defensor do realismo tomista, especialmente na sua interpretação da metafísica de Santo Tomás de Aquino. Sua contribuição é notável por vários motivos: 1. Redescoberta da Metafísica Tomista No século XIX e início do século XX, o pensamento de Santo Tomás era muitas vezes reduzido a um essencialismo aristotélico ou a uma teologia sistemática, sem a devida ênfase em sua metafísica do ser ( esse ). Gilson foi um dos responsáveis por recuperar e enfatizar a originalidade de Tomás, destacando que: • A metafísica tomista não é apenas um estudo da essência das coisas, mas principalmente uma investigação sobre o ser como ato ( actus essendi ). • Tomás de Aquino supera Aristóteles, pois enquanto Aristóteles se concentrava no “ente enwuabro ente” ( ens qua ens ), Tomás identificava o “ser” ( esse ) como o princípio mais profundo da realidade. Essa interpretação levou Gilson a cunhar a e...