Pular para o conteúdo principal

O Papa adverte sobre os perigos da teologia marxista da libertação e pede superar graves consequências

VATICANO, 05 Dez 09 . / 11:22 am (ACI).- O Papa Bento XVI advertiu sobre os perigos da teologia marxista da libertação e alentou os fiéis a superarem suas graves consequências em meio das comunidades eclesiásticas, como a rebelião e o desacordo, à luz da instrução Libertatis nuntius, que cumpre 25 anos de publicação e que foi redigida quando ele era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Ao receber ao meio-dia de hoje ao grupo de Bispos do Brasil da região Sul 3 e Sul 4 em visita ad limina, o Santo Padre recordou que "em agosto passado se cumpriram 25 anos da Instrução Libertatis nuntius da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, que sublinha o perigo que comportava a aceitação acrítica, realizada por alguns teólogos, de tese e metodologias provenientes do marxismo".

Bento XVI advertiu, depois de ter refletido sobre o papel das universidades católicas, que as sequelas da teologia marxista da libertação "mais ou menos visíveis de rebelião, divisão, desacordo, ofensa, anarquia, ainda se fazem sentir, criando em suas comunidades diocesanas um grande sofrimento e grave perda de forças vivas".

Por essa razão, o Santo Padre exortou "aos que de algum modo se sintam atraídos, envolvidos e afetados no íntimo por certos princípios enganosos da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece com mão estendida".

Bento XVI recordou também que "a regra suprema de fé da Igreja provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, em uma reciprocidade tal que não podem subsistir de maneira independente", como explica na encíclica Fides et Ratio o Papa João Paulo II.

"Que no âmbito dos entes e as comunidades eclesiásticas, o perdão devotado e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim às tribulações da querida Igreja que peregrina nas Terras da Santa Cruz", respirou.

A Instrução Libertatis nuntius foi publicada em 6 de agosto de 1984, depois da autorização do Papa João Paulo II para que o então Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, procedesse com a publicação.

O objetivo da instrução, explica o mesmo texto, é "atrair a atenção dos pastores, dos teólogos e de todos os fiéis, sobre as separações e os riscos de separação, ruinosos para a fé e para a vida cristã, que implicam certas formas de teologia da libertação que recorrem, de modo insuficientemente crítico, a conceitos tomados de diversas correntes do pensamento marxista".

O chamado texto explica "a certeza de que as graves separações ideológicas" da teologia marxista da libertação "conduzem indevidamente a trair a causa dos pobres". Entre outras coisas, a instrução também adverte que a análise marxista da realidade "arrasta as ‘teologias da libertação’ a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem".

Comentários

  1. Oi Pe.Elílio,amei o pronunciamento do Santo Padre aos bispos do regional sul 3 e 4...precisava lembrar tudo isso?
    Grande abraço.
    Pe.Marcelo.

    ResponderExcluir
  2. Magnífica notícia!!! Viva o Papa!!!
    Com amizade,
    Pe. Frei Flávius, pmPN

    ResponderExcluir
  3. Prezados Pe. Marcelo e Frei Flavius,
    Bento XVI sabe mesmo colocar o dedo na ferida.
    Abraços!

    ResponderExcluir
  4. Louvado seja DEUS que colocou à frente da Sua Igreja um homem de coragem.
    Tomara que nossos bispos e padres tenham humildade para obedecer e coragem para se manterem fiéis ao Papa. Nós leigos precisamos e agradecemos. VIVA A IGREJA, UNA, SANTA, CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA. Sua benção padre.

    ResponderExcluir
  5. Vamos ver se desta vez os padres, leigos e bispos adeptos da Teologia da Libertação entendam o veneno que ela representa para a Igreja e para a fe´das pessoas. Penso que quem, daqui para a frente, nela permanecer ou a difundir, está contra o Papa e a Igreja.

    ResponderExcluir
  6. De fato, é um veneno, contra o capitalismo.

    ResponderExcluir
  7. A TEOLOGIA(HERESIA) DA LIBERTAÇÃO/MARXISMO CULTURAL - TL/MC = SOCIALISMO/COMUNISMO - S/C =
    A Teologia da Libertação/Marxismo Cultural – TL/MC – ( as seitas evangélicas outros motivos) é uma heresia diferenciada criada pelo Socialismo/Comunismo Internacional para minar a Igreja Católica Tradicional e a democracia, por meio de partidos S/C - via TL/MC. Os pressupostos do novo modelo se baseiam em experiência anterior do próprio comunismo de se impor pela violência e não obter os resultados esperados.
    Trata-se de nova tática subversiva, agindo por intermédio da mídia geral, comprando-a para se propagar e infiltrando agentes da Internacional Socialista desde Stálin – há mais sociedades secretas no processo de tentativa de implosão da Igreja – passando-se por sacerdotes e até bispos ordenados, distorcendo-lhe a doutrina, dando conotação socializante; os membros da TL/MC todos são seus agentes, alguns notórios apostasiados, como ex freis Boff e Betto, etc.; todos se esforçam por destruí-la, negando sua transcendência doutrinária, credibilidade e instrumentalizando toda a doutrina da Igreja em meio de atingir o socialismo/comunismo.
    Note-se que no doutrinamento a TL/MC usa os mesmos termos eclesiais, apenas ideologizando-lhes o sentido, sem confrontação direta, com poucas diferenças; isso facilita a perversão de quem não souber do sofisma para camuflar a verdadeira intenção, que é de subverter a pessoa por falsa doutrina.
    Um dos pilares de discriminação e revolta contra a Igreja é de ela nos propor com veemência o seguimento do Decálogo, insistindo em nos reprimirmos a não participar de devassidões mundanistas gerais e orgias atuais do pansexualismo, e ainda por acusar de satânicos os comportamentos de seguidores da TL/MC.
    Também: desfamiliarizar a sociedade, alienando-a, atiçando a cobiça, inveja em lutas de classes e entre si e a violência, facilitando a implantação de todas as possíveis mazelas morais – BBBs da vida, uniões gays, glbts, aborto, eutanásia, indistinção sexual, pedofilia, seitas, etc., pois em sociedade amoralizada e desagregada facilitará a implantação do NWO/SHA, por sinal é materialista e atéia.
    Convém notar que os objetivos finais seriam aplainar as vias ao advento da NWO/SHA e anexos, e o próximo passo o controle pessoal pelo microchip, previsão de instalação inicial para breve nos EUA.
    A nova religião a se adotar pelo modelo a se implantar de governo mundial seria a Nova Era/NWO – supermercado de religiões ocultistas – onde cada um escolherá a que mais se adaptar às suas conveniências e apreço.
    O socialismo/comunismo e por todos os últimos 10 condenado unanimente, com pena de exclusão a católicos que se filiarem, colaborarem sob qualquer forma ou pretexto, inclusive votar em candidatos e partidos socialistas/comunistas e aliados por grave pecado de apostasia, por auxiliarem na implantação de leis iníquas e homicidas - piores ainda são os partidos socialistas/comunistas possuidores de militância ativa.
    Acha boa idéia aceitar e seguir o acima e desde já se manter inscrito na agenda de satanás para a eternidade afora?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Ponderações sobre o modo de dar ou receber a sagrada comunhão eucarística

Ao receber na mão o Corpo de Cristo, deve-se estender a palma da mão, e não pegar o sagrado Corpo com a ponta dos dedos.  1) Há quem acuse de arqueologismo litúrgico a atual praxe eclesial de dar ou receber a comunhão eucarística na mão. Ora, deve-se observar o seguinte: cada época tem suas circunstâncias e sensibilidades. Nos primeiros séculos, a praxe geral era distribuir a Eucaristia na mão. Temos testemunhos, nesse sentido, de Tertuliano, do Papa Cornélio, de S. Cipriano, de S. Cirilo de Jerusalém, de Teodoro de Mopsuéstia, de S. Agostinho, de S. Cesário de Arles (este falava de um véu branco que se devia estender sobre a palma da mão para receber o Corpo de Cristo). A praxe de dar a comunhão na boca passou a vigorar bem mais tarde. Do  concílio de Ruão (França, 878), temos a norma: “A nenhum homem leigo e a nenhuma mulher o sacerdote dará a Eucaristia nas mãos; entregá-la-á sempre na boca” ( cân . 2).  Certamente uma tendência de restringir a comunhão na mão começa já em tempos pa

Considerações em torno da Declaração "Fiducia supplicans"

Papa Francisco e o Cardeal Víctor Manuel Fernández, Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé Este texto não visa a entrar em polêmicas, mas é uma reflexão sobre as razões de diferentes perspectivas a respeito da Declaração Fiducia supplicans (FS), do Dicastério para a Doutrina da Fé, que, publicada aos 18 de dezembro de 2023, permite uma benção espontânea a casais em situações irregulares diante do ordenamento doutrinal e canônico da Igreja, inclusive a casais homossexuais. O teor do documento indica uma possibilidade, sem codificar.  Trata-se de uma benção espontânea,  isto é, sem caráter litúrgico ou ritual oficial, evitando-se qualquer semelhança com uma benção ou celebração de casamento e qualquer perigo de escândalo para os fiéis.  Alguns católicos se manifestaram contrários à disposição do documento. A razão principal seria a de que a Igreja não poderia abençoar uniões irregulares, pois estas configuram um pecado objetivo na medida em que contrariam o plano divino para a sex

Absoluto real versus pseudo-absolutos

. Padre Elílio de Faria Matos Júnior  "Como pensar o homem pós-metafísico em face da exigência racional do pensamento do Absoluto? A primeira e mais radical resposta a essa questão decisiva, sempre retomada e reinventada nas vicissitudes da modernidade, consiste em considerá-la sem sentido e em exorcisar o espectro do Absoluto de todos os horizontes da cultura. Mas essa solução exige um alto preço filosófico, pois a razão, cuja ordenação constitutiva ao Absoluto se manifesta já na primeira e inevitável afirmação do ser , se não se lança na busca do Absoluto real ou se se vê tolhida no seu exercício metafísico, passa a engendrar necessariamente essa procissão de pseudo-absolutos que povoam o horizonte do homem moderno" (LIMA VAZ, Henrique C. de. Escritos de filosofia III. Filosofia e cultura. São Paulo: Loyola, 1997). Padre Vaz, acertadamente, exprime a insustentabilidade do projeto moderno, na medida em que a modernidade quer livrar-se do Absoluto real, fazendo refluir