A Igreja anuncia há dois milênios a alegre mensagem da ressurreição de Jesus. É a resposta de Deus à inquietação de Jó e a todos os males do mundo. Apesar de o sofrimento ser às vezes grande, a alegria é maior e sempre tem a última palavra. "Diligentibus Deum omnia cooperantur in bonum" (Rm 8,28). Com efeito, para os que amam a Deus, ao fim e ao cabo, aconteça o que acontecer, a vida vai dar certo. A Igreja maravilhosamente renasce e se alimenta dessa fé no Deus que ressuscitou Jesus e nos prepara a glória celeste.
Adorar a Trindade: contemplação teológica segundo o "Compendium Theologiae" de Santo Tomás de Aquino
“Credo in Deum Patrem omnipotentem… et in Iesum Christum… et in Spiritum Sanctum” ( Symbolum Fidei) ⸻ I. Deus: Mistério abissal de Ser, Luz e Amor Antes de tudo, somos conduzidos ao silêncio adorante diante de Deus, cuja essência é ato puríssimo, sem qualquer mistura de potência ou composição. “Deus est actus purus absque potentialitatis permixtione” ( Compendium theologiae , c. 28). Ele é a fonte e plenitude de todas as perfeições. E a mais alta dessas perfeições, segundo Tomás, é o inteligir: “Intelligere praecellere videtur, cum res intellectuales sint omnibus aliis potiores” (ibid.). Deus é, pois, luz infinita, inteligência plena. Mas este inteligir não é acidental, nem sucessivo, nem discursivo: é eterno, simultâneo, simples e perfeitíssimo. “Intelligentia Dei absque omni successione est” (c. 29), e seu modo de conhecer é por sua própria essência: “Non per aliam speciem, sed per essentiam suam intelligit” (c. 30). Deus é sua inteligência, e seu inteligir é sua própria vida: “Ipse ...
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