A perspectiva do tomismo transcendental pra mim é interessante, pois o a priori do espírito (inteligência e vontade) não é visto como o conjunto de categorias estáticas, como em Kant, ou como ideias apenas reguladoras, mas é constituído pela própria luz formal do Ser em amplitude infinita, o que implica referi-la ao Ser absoluto, de modo que todo objeto finito de conhecimento e amor que cai sob a luz formal do Ser presente no espírito finito é constantemente ultrapassado, permanecendo como uma realização apenas parcial da potência dinâmica da atividade espiritual do homem, cujo Donde e Aonde só pode ser o Ser realíssimo.
O Cardeal Giacomo Biffi, arcebispo emérito de Bologna, faz um convite quase insuportável aos ouvidos que se consideram avançados e atualizados em matéria teológica: trata-se de um convite ao eclesiocentrismo. O quê? Isso mesmo. Um convite ao eclesiocentrismo. É o que podemos ler, estudar e meditar em seu livro sobre eclesiologia - La Sposa chiacchierata: invito all’ecclesiocentrismo -, que ganhou uma tradução portuguesa sob o título Para amar a Igreja . Belo Horizonte: Centro de Cultura e Formação Cristã da Arquidiocese de Belém do Pará / Editora O Lutador, 2009. . O motivo que leva o arcebispo e cardeal da Igreja Giacomo Biffi a fazer um convite assim tão «desatual» é o seu amor pela verdade revelada em Cristo. A teologia para Biffi não se deve ocupar com discursos divagantes sobre hipóteses humanas, não deve fazer o jogo do «politicamente correto», mas deve, isto sim, contemplar a « res », isto é, a realidade que corresponde ao desígnio do Pai, a sua verdade. E com relação à ver...
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