O pobre (o trabalhador assalariado, o operário), primeiramente, foi largado à própria sorte. Isso no início da Revolução Industrial.
A Igreja entrou em cena com Leão XIII para ajudá-lo e reclamar a justiça social e a colaboração entre proprietários e operários, mas um pouco atrasada, e, a tal altura, a grande massa dos pobres já não tinha a Igreja como protetora nem a sociedade lhe dava mais ouvidos, sobretudo em questões econômicas. A economia tornava-se uma atividade autônoma.
O pobre por um tempo conquistou direitos trabalhistas e sociais. No entanto, a máquina de concentração de renda nunca parou. As esquerdas não realizaram o que prometiam em termos de justiça social. O pobre se viu traído.
Desamparado, mesmo com alguns direitos conquistados, o pobre se culpabiliza por ser pobre. Agora lança-se na falácia neoliberal, que lhe promete prosperidade se ele se esforçar. O discurso neopentecostal reforça isso, dizendo que ele ficará rico se tiver fé. O pobre, assim, alia-se a extremas direitas, adota a teologia da prosperidade e tira a faca envenenada da culpa que estava cravada no seu peito, e diz assim:
— Não, a extrema direita, o evangelho da prosperidade me dizem que não sou um nada. Sou alguém que pode se esforçar, ter muita fé e ficar rico. Zé ninguém é o miserável mais pobre do que eu, que não quer se esforçar nem quer ter fé.
Ou seja, a pregação neopentecostal e o discurso de extrema direita ensinam o pobre a cravar a faca envenenada no peito dos miseráveis. E, assim, o pobre fica contente.
Infelizmente esta realidade da direita e extrema direita veio a tona com força total de uns tempos p cá e como o "pobre" alguns são realmente e outros trazem em si, ideologias que são uma pobreza, continuaremos nesta polarização por muito tempo ainda.
ResponderExcluirPenso que o "pobre" deveria ter direito a educação de qualidade p começar a enxergar melhor... Mas quem se importa com isso não é?