Se algo existe — e algo existe! —, então Algo existe desde sempre.
Se notamos a existência de alguma coisa, essa existência não pode ter vindo do nada, pois o nada não existe. Ou ela existe desde sempre (aí então ela seria Algo eterno) ou vem de Algo que existe desde sempre.
Mas o que deve existir desde sempre? O temporal, o móvel, o limitado? Digo que não. O temporal, o móvel e o limitado, se existisse desde sempre, seria o absoluto. E assim o absoluto teria de confinar com o nada: pois o temporal um dia era nada e um dia poderá vir a ser nada; o móvel vem do nada de si e volta ao nada de si; e o limitado tem confins com o nada, pois não é tudo. Mas o nada não existe. Não pode existir!
Então aquele Algo que deve existir desde sempre é o eterno, o imóvel e o pleno. Só este Algo (que não é um algo qualquer entre os outros) pode ser o absoluto, pois que só ele exorciza o nada, que não existe, nunca existiu e nunca existirá.
Só Algo eterno, imóvel e pleno (o Ser) pode ser o seio no qual algo temporal, móvel e limitado (o ente) pode existir como criado — como ente posto pelo Ser.
Existindo como o absoluto, o Ser (eterno, imóvel e pleno) tira o que deve ser tirado ou não deixa espaço para o que não pode ter espaço — o nada. Só o eterno, o imóvel e o pleno é ilimitado e não deixa espaço algum para o nada, que nada é.
Mas o que deve existir desde sempre? O temporal, o móvel, o limitado? Digo que não. O temporal, o móvel e o limitado, se existisse desde sempre, seria o absoluto. E assim o absoluto teria de confinar com o nada: pois o temporal um dia era nada e um dia poderá vir a ser nada; o móvel vem do nada de si e volta ao nada de si; e o limitado tem confins com o nada, pois não é tudo. Mas o nada não existe. Não pode existir!
Então aquele Algo que deve existir desde sempre é o eterno, o imóvel e o pleno. Só este Algo (que não é um algo qualquer entre os outros) pode ser o absoluto, pois que só ele exorciza o nada, que não existe, nunca existiu e nunca existirá.
Só Algo eterno, imóvel e pleno (o Ser) pode ser o seio no qual algo temporal, móvel e limitado (o ente) pode existir como criado — como ente posto pelo Ser.
Existindo como o absoluto, o Ser (eterno, imóvel e pleno) tira o que deve ser tirado ou não deixa espaço para o que não pode ter espaço — o nada. Só o eterno, o imóvel e o pleno é ilimitado e não deixa espaço algum para o nada, que nada é.
Existindo como limitado no seio do Ser, o ente (temporal, móvel e limitado) não contrasta com o nada, que não existe, mas com o Ser, em relação ao qual o ente é um menos.
O absoluto criador existência constante,ente existencial perecerá.por ser criado*
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