São Roque viveu no século XIV. Aos 20 anos, órfão de pai e mãe, os quais lhe haviam deixado uma grande fortuna em herança, decide doar seus bens e fazer-se peregrino rumo a Roma. No caminho, encontra inúmeros contagiados pela Peste Negra, aos quais presta assistência. Em Roma, reza todos os dias sobre o túmulo de São Pedro. De volta à cidade natal, Montpellier, depois de ter curado milagrosamente várias pessoas infectadas, acaba contraindo a doença e retira-se em uma floresta, aonde um cão lhe levava alimento. Curado, chega a Montpellier, mas, não reconhecido, é detido e preso, suspeito de espionagem. Sua família fora governante da cidade. Morre no cárcere, resignado e entregue totalmente a Deus. Sua festa é celebrada no dia 16 de agosto.
Segundo Luc Ferry, as religiões em geral sofrem um processo de imanentização. Ele diz que a grande conquista do pensamento laico foi a de superar todo tipo de autoridade externa. O poder não é mais do rei, mas do povo. A verdade não mais desce do céu, mas é tarefa da consciência. O indivíduo não é mais uma mera função do todo orgânico, mas é autônomo. Nesse sentido, segundo Ferry, o discurso religioso tem procurado humanizar-se. Já que o paradigma da verdade exterior foi seriamente abalado pela modernidade, a verdade só pode ser encontrada no homem. Para não se tornar totalmente inexpressiva, a mentalidade religiosa tem procurado apoiar-se no humanismo do pensamento moderno, mas, ao fazer isso, reduz-se a mero enfeite da mentalidade laica. O que a religião acrescentaria ao humanismo imanentista? Apenas um sentimento, um elã espiritual marcado pela fé numa transcendência vaga. Assim, as religiões ocidentais hoje falam muito mais de direitos humanos do que de direitos d...
Comentários
Postar um comentário