Uma das características das sociedades modernas é a secularização, que outra coisa não é senão um movimento de volta para o mundo. Voltar para o mundo, reconhecer-lhe a realidade e a beleza e valorizá-lo como convém não são em si mesmas atitudes más. O perigo está em se tornar prisioneiro do mundo, em agarrar-se em suas malhas finitas e perder a capacidade da ultrapassagem, da elevação, do olhar superior. Não devemos nunca esquecer o que disse São João da Cruz, grande místico e doutor da Igreja: “Um só pensamento do homem vale mais que todo o mundo; portanto, só Deus é digno dele”.
A vida moderna, com todo o desenvolvimento científico-técnico de que hoje dispomos, corre facilmente o perigo de fazer do homem um prisioneiro do finito, que jamais poderá preenchê-lo. A oração vem em nossa ajuda, fazendo-nos ver que há uma Realidade (Deus) que dá o verdadeiro sentido a todas as coisas, uma Realidade capaz de entender o homem em todas as suas questões, uma Realidade que é Inteligência e Amor eternos!
O homem que reza nunca está sozinho. Pela oração estamos bem acompanhados, estamos na presença d’Aquele que, sendo Inteligência infinita, pensou em cada um desde toda a eternidade, e, sendo Amor sem limites, deu-nos a existência e guia-nos os passos, por Cristo e no Espírito, para a felicidade completa em seu Reino.
Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, mestra da vida de oração, ensine-nos a ser pessoas que rezam! É preciso rezar, pois que oração há de salvar o mundo!
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