Pular para o conteúdo principal

A Igreja é abrigo para os seguidores de Cristo

 


O abrigo contra os extremismos? A Igreja, que sabe que a virtude é uma mediania entre extremos viciosos.

O abrigo contra o relativismo? A Igreja, que ensina que há um Lógos eterno do qual o lógos humano participa e no qual encontra fundamento.

O abrigo contra o absolutismo? A Igreja, que ensina que só Deus é o Absoluto, e toda palavra nossa não tem fim em si mesma nem faz o Absoluto presente como tal, mas aponta para Ele, a única e inesgotável Verdade. 

O abrigo contra o fundamentalismo? A Igreja, que ensina que a Bíblia é Palavra de Deus na palavra humana, e, como tal, sujeita a limitações históricas. 

O abrigo contra a tristeza? A Igreja, que anuncia a grande alegria do Evangelho, do perdão, da reconciliação e da vida sem fim.  

O abrigo contra a falta de motivação e o desespero? A Igreja, que anuncia a esperança que não decepciona. 

O abrigo contra a confusão de doutrinas? A Igreja, que interpreta autenticamente a Palavra de Deus. 

O abrigo contra o fermento mau do mundo? A Igreja, que anuncia a superioridade incomparável da retidão, da bondade e da doação da vida!

O abrigo contra as ideologias políticas destrutivas? A Igreja, que prega o Evangelho que está acima de partidos e que chama todos à conversão! 

O abrigo contra a miséria e o descaso dos sofredores? A Igreja, que ensina que Deus está presente no pobre, no doente, no desvalido. 

O abrigo contra a secularização que faz definhar a alma? A Igreja, que resguarda o sentido transcendente da vida humana. 

O abrigo contra facções destrutivas dentro da Igreja? A própria Igreja, tomada em toda a sua universalidade no tempo e no espaço, na legítima pluralidade de suas práticas e de suas escolas teológicas e em seu centro de unidade, o papa e o colégio episcopal. 

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O finito apela ao Infinito

  O ponto que trago remete a uma via metafísica negativa, onde a crítica da finitude do ente nos conduz, não apenas à constatação de sua limitação, mas à impossibilidade de que o limite tenha a última palavra sobre o ser. O nada não pode ser o “além do limite”, pois o nada não é. Assim, a própria noção de limite exige um ser sem limite – um ser que seja ser puro, que exclua toda não-existência. Vamos então desenvolver o argumento na forma de um discurso ontológico contínuo, com base nessa intuição: ⸻ A finitude como apelo ao ser ilimitado Começamos pela constatação mais imediata: há seres, mas os seres que encontramos são finitos. Eles não são tudo o que poderiam ser. São marcados pela limitação, pela mutabilidade, pela dependência. São entes que possuem o ser, mas não o são em sua plenitude. Essa constatação, longe de ser trivial, contém uma exigência profunda: se tudo o que existe fosse finito, então o ser mesmo estaria limitado. Haveria uma fronteira que o ser não ultrapassa. O ...

Confissões de um metafísico em tempos de niilismo

Não comecei pela dúvida, mas pela admiração. Não fui lançado à existência como quem acorda em um mundo estranho, mas como quem, ainda sem saber nomear, intui que há algo — e que esse algo brilha. Comecei pela confiança de que o ser tem sentido. E o primeiro a me dar palavras para esse pressentimento foi um frade medieval, Tomás, cuja inteligência parecia ajoelhar-se diante do real. A princípio, maravilhou-me a harmonia entre fé e razão: Deus não era o adversário do pensamento, mas sua origem e fim. Na Suma Teológica, encontrei não apenas respostas, mas um método de humildade intelectual, onde pensar é um ato de justiça ao ser. A filosofia, assim, se tornava oração: buscar o sentido do ente como quem busca o rosto do Pai. ⸻ Mas à medida que crescia em mim a luz da metafísica do esse, aumentava também a consciência das sombras que a modernidade lançou sobre o ser. O mundo que me cercava — um mundo de técnica, de cálculo, de vontades cegas — parecia ter perdido a capacidade de se pergunta...