Você sabia que, segundo Tomás de Aquino, a existência de Deus pode ser demonstrada pela razão? O filósofo italiano dizia que o universo não podia ser entendido sem um Motor imóvel, sem uma Causa primeira, sem um Ser necessário, sem um Ser máximo ou sem um Ordenador. Não seria possível explicar o universo sem recorrer a um Ser que fosse mais originário que o universo, pois o universo como não basta para explicar a própria condição ou origem. Um dos argumentos preferidos de Tomás é o do movimento. Por movimento deve-se entender qualquer transformação ou mudança (geração, corrupção, mudança de lugar, crescimento, diminuição). Se o mundo que conhecemos se move (porque as coisas se transformam e mudam), então é preciso buscar a origem do seu movimento, pois nada se move a si mesmo; tudo que se move é movido por um outro. A origem última do movimento do mundo só pode estar em um Ser que move outros seres sem ser movido por nenhum outro. Só um Ser que move sem ser movido pode explicar a origem e a fonte absoluta de todo o movimento. Tal Ser, Motor imóvel, segundo Tomás, é o que nós chamamos de Deus.
O artigo “Teilhard de Chardin e a Questão de Deus”, de Henrique Cláudio de Lima Vaz, publicado na Revista Portuguesa de Filosofia, é uma profunda análise filosófico-teológica da obra de Pierre Teilhard de Chardin. A seguir, um resumo detalhado: ⸻ 1. Objetivo do artigo Lima Vaz pretende demonstrar a atualidade e o valor permanente do pensamento de Teilhard de Chardin. A chave de leitura é a centralidade da questão de Deus, que constitui o eixo estruturador de toda a sua obra. Para Teilhard, trata-se de responder à pergunta fundamental: é possível crer e agir à luz de Deus num mundo pós-teísta? ⸻ 2. Contexto histórico Teilhard, jesuíta, paleontólogo e filósofo, viveu as tensões entre fé e ciência no século XX. Apesar de suas intuições filosófico-teológicas audaciosas, foi marginalizado institucionalmente: não pôde publicar suas principais obras (O Fenômeno Humano, O Meio Divino) em vida. Seu pensamento ganhou grande repercussão no pós-guerra, tornando-se fenômeno editorial mundial. ...
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