Pular para o conteúdo principal

Homo sapiens

A espécie "homo sapiens" não é a única do gênero "homo". O "homo neanderthalensis", por exemplo, é uma outra espécie do gênero "homo" e surgiu por volta de 500 mil anos antes de Cristo na Europa e na Ásia ocidental, mas foi extinta há cerca de 30 mil anos. Já o "homo sapiens" apareceu há 200 mil anos atrás na África oriental e dura até hoje. Nós mesmos o somos na sua subespécie "homo sapiens sapiens", a única que, do gênero "homo", sobrevive. Há 12 mil anos aprendemos a gerir a agricultura, o que foi uma grande revolução no nosso percurso sobre a face da terra. A partir da agricultura é que foram possíveis os primeiros povoamentos e, mais tarde, as grandes civilizações da Antiguidade. A cidade mais antiga do mundo é, provavelmente, Jericó (Oriente Próximo), cujos sinais de existência datam de 9 mil anos antes de Cristo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marín-Sola e o desenvolvimento da teologia da graça

  Francisco Marín-Sola, um teólogo dominicano do século XX, foi um dos principais responsáveis pela reformulação da tradição bañeziana dentro do tomismo. Ele buscou suavizar alguns aspectos da doutrina da graça e predestinação, especialmente no que diz respeito à relação entre a liberdade humana e a causalidade divina. Sua obra tentou conciliar a soberania absoluta de Deus com uma maior ênfase na cooperação humana, evitando o determinismo implícito no modelo de Bañez e Garrigou-Lagrange. ⸻ 1. Contexto da Reformulação de Marín-Sola • A escola tomista tradicional, especialmente na versão de Domingo Bañez e Reginald Garrigou-Lagrange, defendia a moción física previa, segundo a qual Deus pre-move infalivelmente a vontade humana para o bem ou permite o pecado através de um decreto permissivo infalível. • Essa visão levantava críticas, pois parecia tornar Deus indiretamente responsável pelo pecado, já que Ele escolhia não conceder graça eficaz a alguns. • Francisco Marín-Sola...

Max Scheler: o homem é mais do que um animal racional

 A Visão do Homem em Max Scheler Max Scheler (1874-1928) foi um filósofo alemão ligado à fenomenologia e à antropologia filosófica. Ele desenvolveu uma visão do homem como um ser espiritual e emocional, superando tanto a visão racionalista cartesiana quanto a visão biologicista darwinista. 📌 Ideia central: O homem não pode ser reduzido a um simples animal racional ou a um ser puramente biológico – ele é um ser espiritual que transcende a natureza, mas ainda faz parte dela. 1. O Homem Como Ser Espiritual e Pessoal ✔️ O homem não é apenas um ser racional (como em Descartes) ou um ser biológico evoluído (como em Darwin), mas um ser espiritual. ✔️ Ele possui uma dimensão emocional e afetiva fundamental, que é até mais importante do que a razão. ✔️ O homem é um ser de valores, capaz de perceber e hierarquizar valores que não são meras projeções subjetivas. 💡 Conclusão: O que define o homem não é apenas a razão, mas sua capacidade de captar valores e se orientar por eles. 2. Diferença ...

Se Deus existe, por que o mal?

O artigo ( leia-o aqui ) Si Dieu existe, pourquoi le mal ?,  de Ghislain-Marie Grange, analisa o problema do mal a partir da teologia cristã, com ênfase na abordagem de santo Tomás de Aquino. O autor explora as diversas tentativas de responder à questão do mal, contrastando as explicações filosóficas e teológicas ao longo da história e destacando a visão tomista, que considera o mal uma privação de bem, permitido por Deus dentro da ordem da criação. ⸻ 1. A questão do mal na tradição cristã A presença do mal no mundo é frequentemente usada como argumento contra a existência de um Deus onipotente e benevolente. A tradição cristã tem abordado essa questão de diferentes formas, tentando reconciliar a realidade do mal com a bondade e a onipotência divinas. 1.1. A tentativa de justificar Deus Desde a Escritura, a teologia cristã busca explicar que Deus não é o autor do mal, mas que ele é uma consequência da liberdade das criaturas. No relato da queda do homem (Gn 3), o pecado de Adão e E...