
Pe. Elílio de Faria Matos Júnior
Santo Agostinho viveu na tarda Antiguidade (séculos IV e V) e foi o primeiro grande pensador cristão. Conseguiu uma invejável síntese entre a fé da Igreja, transmitida pelos apóstolos, e as ideias fundamentais do platonismo ou neoplatonismo. Agostinho foi também o primeiro a pensar em primeira pessoa, isto é, soube envolver o seu «eu» concreto e suas inquietações na busca da verdade. Sua grande lição permanece válida: o mergulho na interioridade não é subjetivismo, mas comporta uma elevação à Transcendência – inferior infimo meo superior summo meo. No mais profundo da razão criada deixa seus sinais a Razão incriada, Fogo sempre vivo em que se acende constantemente o pensamento humano. Na atualidade, um grande estudioso e admirador de Agostinho é o papa emérito Bento XVI.
Santo Agostinho está mais atual do que nunca! A revolução sexual (leia-se movimento gay, abortismo...) reduz o ser humano a seu desejo sexual. O socialismo, sob qualquer forma, reduz o ser humano à sua economia. E para tantas cabeças desmioladas o vilão é o cristianismo, que ensina, com Santo Agostinho, que o ser humano é mais do que todos os seus aspectos! Que ele tenha ascendido a tal compreensão depois de vencer suas paixões, não foi por acaso! Hedonismo é o grande campo de batalha do nosso tempo!
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