Padre Elílio de Faria Matos Júnior
As pesquisas sobre o Jesus histórico conta com três períodos:
1) Período racionalista: surge no séc. XVIII e procura tirar a veste dogmática com a qual a Igreja haveria revestido Jesus. O Jesus verdadeiro seria um revolucionário (Reimarus) ou um moralista de corte iluminista (Renan), mas não o Messias ou o Filho de Deus (Wrede). O Cristo da fé seria apenas uma invenção da Igreja e era hora de combater o mito para fazer transparecer a realidade.
Todavia, Albert Schweitzer (1875-1965) mostrou em um minucioso estudo que a pretensão de reconstruir o Jesus histórico não era legítima, pois o que resultava era uma criação artificial conforme a ideia preconcebida dos diversos autores. Em síntese, o dito "Jesus histórico" outra coisa não era senão uma figura criada à imagem e semelhança das ideias iluministas.
A crítica de Schweitzer levou Rudolf Bultmann (1884-1976) a reconhecer que era impossível o acesso à história real do homem Jesus de Nazaré. O crente, pois, não deveria preocupar-se com a história, mas se deixar transformar pela pregação do querigma, que o interpela e o chama a uma mudança de vida. O Jesus histórico não teria importância. Decisivo seria o Cristo proclamado pela Igreja.
Entretanto, uma pergunta se põe: uma fé sem base na história se sustenta? É essa questão que levará ao segundo período da pesquisa sobre Jesus, do qual falaremos em outro momento.
As pesquisas sobre o Jesus histórico conta com três períodos:
1) Período racionalista: surge no séc. XVIII e procura tirar a veste dogmática com a qual a Igreja haveria revestido Jesus. O Jesus verdadeiro seria um revolucionário (Reimarus) ou um moralista de corte iluminista (Renan), mas não o Messias ou o Filho de Deus (Wrede). O Cristo da fé seria apenas uma invenção da Igreja e era hora de combater o mito para fazer transparecer a realidade.
Todavia, Albert Schweitzer (1875-1965) mostrou em um minucioso estudo que a pretensão de reconstruir o Jesus histórico não era legítima, pois o que resultava era uma criação artificial conforme a ideia preconcebida dos diversos autores. Em síntese, o dito "Jesus histórico" outra coisa não era senão uma figura criada à imagem e semelhança das ideias iluministas.
A crítica de Schweitzer levou Rudolf Bultmann (1884-1976) a reconhecer que era impossível o acesso à história real do homem Jesus de Nazaré. O crente, pois, não deveria preocupar-se com a história, mas se deixar transformar pela pregação do querigma, que o interpela e o chama a uma mudança de vida. O Jesus histórico não teria importância. Decisivo seria o Cristo proclamado pela Igreja.
Entretanto, uma pergunta se põe: uma fé sem base na história se sustenta? É essa questão que levará ao segundo período da pesquisa sobre Jesus, do qual falaremos em outro momento.
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